Vim d’otra terra que n’era esta
Mas n’é por isso que na sê o qu’é o carnaval
Na juventude levei pa testa
De cocó virei maioral
Da d’onde eu vim n’havia festa
Corri o munde cuma fita ó pescoce
Até encalhar num calhau bem grosse
E a esta terra vim parar e já foste
Daqui ninguém me vai tirar até agoste
E o carnaval da nazaré p’on paleque
Pode chegar a ser perigose se na tivés cromes
Eu xê de sede no mê da festa
Dest’uma água que nem água tem
Fiquê cum olhe no mê da testa
Ai na so menes que ninguém
E acordê no mê da festa
Perdi metade do mê dinhêre qu’era teu
Achê azêtonas foi eles que mas deu
E a esta terra vim parar e já foste
Daqui ninguém me vai tirar até agoste
E o carnaval da nazaré p’on paleque
Pode chegar a ser perigose se na tivés cromes…
Vim d’otra terra que n’era esta
Mas n’é por isso que na sê o qu’é o carnaval
Na juventude levei pa testa
De cocó virei maioral
Da d’onde eu vim n’havia festa
Corri o munde cuma fita o pescoce
Até encalhar num calhau bem grosse
E a esta terra vim parar e já foste
Daqui ninguém me vai tirar até agoste
E o carnaval da nazaré p’on paleque
Pode chegar a ser perigose…
Colê-te um crome no mê da festa,
Colê-te um crome no mê do balhe,
Colê-te um crome na tua testa,
Se tivés fri leva um agasalhe!
E a esta terra vim parar e já foste
Daqui ninguém me vai tirar até agoste
E o carnaval da nazaré p’on paleque
Pode chegar a ser perigose
Se na tivés cromes!