Antigamente não havia pai p’á gente
Antigamente era tudo a mê testão
Antigamente não havia zagania
Nem pés descalços, nem buracos
No pardão
As nossas casas tinham todas três andares
Três garagens, três carros e três sofás
Em cada quarto havia televisão
E em Peniche não havia uma prisão
E agora,
É tudo a mastigar e a dêtar fora!
Atão e agora folião,
Olha p’ra mim e dá ‘ma mão
C’a dor de burre
Já virou buch’ inquestade!
Atão e agora folião,
O Carnaval tá emprestade
E até já vi c’antigamente era passade!